Citrangulo & de Marco https://citranguloedemarco.com.br Encontramos saídas inteligentes para problemas complexos! Wed, 18 Dec 2024 14:32:50 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8 https://citranguloedemarco.com.br/wp-content/uploads/2024/06/cropped-logo-solo-32x32.png Citrangulo & de Marco https://citranguloedemarco.com.br 32 32 A Revisão dos Processos de Tráfico de Drogas Após a Decisão do STF sobre a Descriminalização do Porte de Maconha https://citranguloedemarco.com.br/a-revisao-dos-processos-de-trafico-de-drogas-apos-a-decisao-do-stf-sobre-a-descriminalizacao-do-porte-de-maconha/ https://citranguloedemarco.com.br/a-revisao-dos-processos-de-trafico-de-drogas-apos-a-decisao-do-stf-sobre-a-descriminalizacao-do-porte-de-maconha/#respond Tue, 02 Jul 2024 01:05:26 +0000 https://citranguloedemarco.com.br/?p=228

Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) proferiu uma decisão histórica ao descriminalizar o porte de maconha para consumo pessoal. Essa mudança significativa na legislação penal brasileira tem levantado diversas questões e gerado um grande impacto no sistema jurídico. A seguir, exploramos os principais aspectos dessa decisão, com foco na revisão dos processos em curso e os já extintos que envolvem apreensões de maconha.

Decisão do STF e Seus Efeitos

A decisão do STF foi tomada nos autos do Recurso Extraordinário (RE) 635.659/SP, onde a Suprema Corte declarou inconstitucional a criminalização do porte de maconha para consumo pessoal, afastando qualquer efeito de natureza penal. A nova jurisprudência estabelece que a posse de até 40 gramas de maconha ou até seis plantas fêmeas para consumo próprio não configura crime, mas uma infração administrativa.

Impacto nos Processos de Tráfico de Drogas

Com a nova decisão, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) anunciou que revisará os processos de tráfico de drogas que não estejam alinhados com este novo entendimento do STF. Segundo dados da Folha de São Paulo, entre 8 mil e 19 mil processos poderão ser impactados por essa revisão, podendo resultar no arquivamento das investigações ou na absolvição dos réus.

A Retroatividade da Lei Penal

A questão da retroatividade da lei penal é fundamental neste contexto. De acordo com o princípio da retroatividade benéfica, as leis que beneficiam o réu devem ser aplicadas a casos anteriores à sua vigência. Contudo, a aplicação retroativa de entendimentos jurisprudenciais pode ser mais complexa e controversa. No caso específico da decisão do STF sobre o porte de maconha, não houve modulação de efeitos, o que significa que a decisão pode ser aplicada retroativamente.

Modulação de Efeitos

A modulação de efeitos é uma técnica utilizada pelo STF para controlar os efeitos temporais de suas decisões, podendo determinar que uma decisão tenha efeitos apenas a partir de sua publicação. No entanto, neste caso específico, não há referência à modulação temporal dos efeitos da decisão, permitindo que os benefícios da nova jurisprudência sejam aplicados retroativamente.

Procedimentos para Revisão dos Processos

Com a decisão do STF, é possível que processos em curso ou já extintos que envolvam a apreensão de até 40 gramas de maconha possam ser revisados. Advogados e defensores públicos podem solicitar a reavaliação dos casos, buscando o arquivamento das investigações ou a absolvição dos réus com base na nova jurisprudência.

Conclusão

A decisão do STF sobre a descriminalização do porte de maconha para consumo pessoal representa um marco importante no direito penal brasileiro. A revisão dos processos pelo CNJ pode impactar milhares de pessoas, corrigindo possíveis injustiças cometidas sob a antiga interpretação da lei. É essencial que os advogados estejam atentos a essas mudanças e utilizem a nova jurisprudência para beneficiar seus clientes.

Se você ou um ente querido foi impactado por um processo de tráfico de drogas envolvendo pequenas quantidades de maconha, entre em contato com nosso escritório. Estamos prontos para revisar seu caso e buscar a melhor solução jurídica.

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Pornografia de vingança: o que é e como se proteger https://citranguloedemarco.com.br/pornografia-de-vinganca-o-que-e-e-como-se-proteger/ https://citranguloedemarco.com.br/pornografia-de-vinganca-o-que-e-e-como-se-proteger/#respond Sun, 30 Jun 2024 05:08:08 +0000 https://citranguloedemarco.com.br/?p=200

A pornografia de vingança, ou “Revenge Porn”, é a prática de distribuir imagens ou vídeos íntimos de uma pessoa sem o seu consentimento, frequentemente realizada por ex-parceiros em um ato de retaliação após o término de um relacionamento. Essa prática é usada para humilhar, chantagear ou difamar a vítima, e essas mídias são disseminadas em plataformas online, causando angústia e danos profundos à reputação e ao bem-estar da pessoa retratada.

A Problemática da Pornografia de Vingança

Imagine um relacionamento que termina de forma conturbada: em um ato de retaliação, uma das partes divulga conteúdo íntimo da outra sem permissão. Rapidamente, essas imagens ou vídeos circulam por redes sociais, grupos de mensagens ou sites, expondo e humilhando a vítima. A pornografia de vingança pode surgir após términos, desentendimentos, vinganças ou até como um meio de exercer poder e controle sobre a vítima. Esse tipo de violação não apenas causa profundo sofrimento emocional, mas também pode resultar em sérios danos psicológicos e sociais.

Legislação e Proteção Jurídica

A boa notícia é que a justiça brasileira está tomando medidas firmes contra essa prática. O Código Penal foi atualizado para incluir o artigo 216-B, que tipifica a divulgação de cena de sexo, nudez ou pornografia sem consentimento, com pena de reclusão de um a cinco anos, além de multa. Essa legislação visa proteger a dignidade e a privacidade das vítimas, oferecendo um meio de punir os agressores.

Além disso, a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), que é amplamente conhecida por suas proteções contra a violência doméstica, também pode ser aplicada em casos de pornografia de vingança. A lei abrange qualquer forma de violência contra a mulher, incluindo violência psicológica e moral, que são comuns em casos de divulgação não consensual de conteúdo íntimo. A utilização da Lei Maria da Penha permite que a vítima tenha acesso a medidas protetivas de urgência, como a proibição de contato por parte do agressor e o afastamento dele do lar ou local de convivência com a vítima.

Medidas Legais e Indenizações

As vítimas de pornografia de vingança têm o direito de buscar a punição dos agressores através do sistema penal, bem como reivindicar indenizações por danos morais, psicológicos e materiais. Um advogado especializado pode ser crucial nesse processo, auxiliando na elaboração de queixas-crime, ações civis de reparação de danos e na solicitação de medidas protetivas. Além disso, é possível tomar ações para remover o conteúdo íntimo da internet, utilizando os mecanismos legais disponíveis.

Prevenção e Assistência

Prevenção é fundamental! Proteger seus dados pessoais e íntimos é um primeiro passo crucial. Evite compartilhar imagens ou vídeos íntimos, mesmo com pessoas de confiança, pois a confiança pode ser quebrada. Além disso, mantenha-se informado sobre seus direitos e, caso seja vítima, busque ajuda imediatamente. A responsabilidade pelo ato nunca é da vítima, e é essencial saber que a lei está ao seu lado.

Se você ou alguém que você conhece está enfrentando essa situação, procure ajuda! A justiça e o apoio estão à sua disposição.

Nossa Atuação

Nosso escritório está preparado para acolher e atuar em defesa das vítimas de pornografia de vingança. Oferecemos um atendimento humanizado e especializado, com uma equipe pronta para orientar e conduzir todas as etapas necessárias para a proteção dos seus direitos e a busca por justiça. Entre em contato conosco para um suporte jurídico completo e eficaz.

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Assédio Moral no Trabalho: Uma Perspectiva Jurídica e Psicológica https://citranguloedemarco.com.br/assedio-moral-no-trabalho-uma-perspectiva-juridica-e-psicologica/ https://citranguloedemarco.com.br/assedio-moral-no-trabalho-uma-perspectiva-juridica-e-psicologica/#respond Mon, 10 Jun 2024 00:09:11 +0000 https://citranguloedemarco.com.br/?p=79 O assédio moral no trabalho, também conhecido como bullying organizacional, é uma prática insidiosa e destrutiva que afeta milhares de trabalhadores ao redor do mundo. A combinação de pressões psicológicas e impactos jurídicos torna esse fenômeno um campo de estudo crucial tanto para o direito do trabalho quanto para a psicologia. Neste texto, exploraremos o assédio moral a partir dessas duas perspectivas, com um enfoque maior nas questões jurídicas.

Definição e Características do Assédio Moral

O assédio moral no trabalho pode ser definido como a exposição repetitiva e prolongada do trabalhador a situações humilhantes, constrangedoras e degradantes. Essas ações, geralmente orquestradas por superiores hierárquicos ou colegas de trabalho, têm o propósito de desestabilizar emocionalmente a vítima, impactando negativamente sua saúde mental e desempenho profissional.

Características principais:

  • Repetitividade: O comportamento abusivo não é um evento isolado, mas sim uma prática contínua e frequente.
  • Intencionalidade: Há uma intenção clara de causar dano ou sofrimento à vítima.
  • Assimetria de Poder: O agressor geralmente possui uma posição hierárquica superior ou exerce influência significativa sobre a vítima.
  • Impacto Psicológico: A vítima sofre sérios danos emocionais e psicológicos, como ansiedade, depressão e perda de autoestima.

Assédio Moral e o Direito do Trabalho

No Brasil, a Constituição Federal e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelecem princípios e normas que protegem os trabalhadores contra práticas abusivas. Embora a legislação trabalhista não tenha um artigo específico que trate exclusivamente do assédio moral, há dispositivos que podem ser aplicados para coibir essa prática e assegurar os direitos das vítimas.

Base Jurídica:

  • Constituição Federal: O artigo 1º, inciso III, estabelece a dignidade da pessoa humana como fundamento da República Federativa do Brasil. O artigo 5º garante a inviolabilidade da honra e da imagem das pessoas.
  • CLT: O artigo 483 prevê a possibilidade de rescisão indireta do contrato de trabalho quando o empregador pratica ato lesivo contra a honra e boa fama do empregado.

Responsabilidade do Empregador:

A responsabilidade do empregador em casos de assédio moral é objetiva, ou seja, independe da comprovação de dolo ou culpa. A empresa deve assegurar um ambiente de trabalho saudável e respeitoso, implementando políticas de prevenção e combate ao assédio moral. A omissão ou conivência pode resultar em responsabilização por danos morais, materiais e até mesmo coletivos, dependendo da extensão e do impacto das práticas abusivas.

Impactos Psicológicos do Assédio Moral

Do ponto de vista psicológico, o assédio moral no trabalho pode desencadear uma série de transtornos emocionais e comportamentais que comprometem a qualidade de vida da vítima. Entre os principais impactos estão:

  • Estresse: A exposição constante ao assédio gera um estado de alerta e tensão permanentes.
  • Ansiedade e Depressão: A sensação de impotência e a desvalorização contínua podem levar ao desenvolvimento de transtornos de ansiedade e depressão.
  • Síndrome de Burnout: O desgaste emocional e físico resultante do assédio pode culminar na síndrome de Burnout, caracterizada pela exaustão extrema e desmotivação profissional.
  • Diminuição da Autoestima: As agressões verbais e comportamentais constantes minam a autoconfiança e a autoestima da vítima.

Processos e Provas no Âmbito Jurídico

Para que a vítima de assédio moral obtenha êxito em uma ação judicial, é fundamental a coleta e apresentação de provas robustas que demonstrem a ocorrência dos atos abusivos e seu impacto na saúde e no desempenho profissional.

Tipos de Provas:

  • Documentais: E-mails, mensagens de texto, relatórios de desempenho e quaisquer registros que evidenciem o comportamento abusivo.
  • Testemunhais: Depoimentos de colegas de trabalho que presenciaram ou têm conhecimento dos atos de assédio.
  • Periciais: Laudos médicos e psicológicos que atestem os danos sofridos pela vítima em decorrência do assédio.

Procedimento Judicial:

O trabalhador que se sentir vítima de assédio moral pode ingressar com uma reclamação trabalhista perante a Justiça do Trabalho, pleiteando a reparação dos danos sofridos. É recomendável buscar orientação jurídica especializada para a adequada instrução do processo, garantindo a melhor estratégia de defesa e apresentação de provas.

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